O Conselho Nacional de Pesquisa do Canadá divulgou um estudo que mostra reduções drásticas na emissão de gases poluentes em voos abastecidos por combustíveis produzidos a partir de plantas. Os testes, que incluíram até voos transatlânticos, foram realizados em aeronaves abastecidas tanto com combustíveis convencionais quanto biocombustíveis e apresentaram reduções que iam de 25% até 50% na emissão de partículas poluentes.
No futuro, o objetivo do órgão canadense é trazer ao mercado um novo tipo de combustível sustentável a partir de vegetais para a aviação comercial. Em outubro de 2012, o avião Falcon 20 desenvolvido pelo instituto canadense, foi a primeira aeronave a voar apenas com biocombustível proveniente de uma planta.
Em 2008, a Virgin Atlantic foi a primeira companhia aérea a usar biocombustíveis parcialmente em seus aviões. A holandesa KLM também realiza testes com combustíveis sustentáveis e já aplicou a tecnologia em um voo comercial entre Amsterdã e Paris.
Uso do combustível baseado em planta é controverso
Ambientalistas alertam para os riscos potenciais do uso excessivo de biocombustíveis formados a partir de plantas. Apesar da comprovação de que eles reduzem as emissões de gases poluentes, estudos do MIT mostram que a busca por matéria-prima pode causar desmatamentos.
Além disso, se não for produzido da maneira correta, um biocombustíveis pode criar até dez vezes mais monóxido de carbono do que um combustível fóssil convencional.
De acordo com Steven Barret, professor do MIT, a situação é bem mais complexa do que simplesmente adaptar as aeronaves ao biocombustível. Há vários tipos de biomassa que podem ser usadas para a criação de combustível e vários métodos de conversão dessa biomassa. Cada um deles tem resultado, custo e eficiência diferentes. "Precisamos nos sofisticar ainda mais para determinar quais fazem mais sentido para o meio ambiente”, afirmou, em entrevista à BBC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário