Nesta quinta-feira, duas patentes foram publicadas nos EUA pela Apple, ambas referentes a possíveis planos da empresa para otimizar a bateria em seus dispositivos. As duas sugerem, de maneiras diferentes, que o consumo seja baseado no uso que o usuário costuma fazer com o gadget - seja um smartphone, player de música, tablet ou notebook (ou melhor, iPhone, iPod, iPad ou Macbook).
O primeiro documento fala de uma tecnologia que permite ao aparelho analisar como está sendo usado, quando tem sua bateria recarregada e por quanto tempo isso ocorre. Essas informações são obtidas a partir dos sensores - GPS, iluminação, movimentação, etc - e permitem que ele entenda, por exemplo, que o smartphone usa redes móveis pela manhã mas não à tarde, ou que é mais utilizado aos finais de semana. Ele também consegue descobrir quando há uma recarga sendo feita por necessidade (quando está sem bateria) e quando é apenas por conveniência (por exemplo, ao conectá-lo a um carregador chegando no escritório).
A partir delas, ele mesmo decide que recursos ativar e desativar ou a performance que será utilizada em que momento, fazendo com que, sempre que seja imprescindível o uso do dispositivo, haja bateria para isso.
A outra patente foca em aplicativos e outros recursos de background que consomem bateria discretamente, fazendo com que a carga seja distribuída de acordo com a necessidade de cada um. Ela também sugere se basear nesses recursos para compreender o comportamento do usuário e prever, dessa forma, o que fará no futuro no aparelho - e garantindo que haverá bateria para tanto.
A principal diferença entre os sistemas patenteados e os gerenciadores de bateria que já existem é que, nos das patentes da Apple, não há intervenção do usuário, seja para detalhar seu dia a dia, para escolher aplicativos que continuam rodando ou simplesmente para avisá-lo de um modo de economia que foi iniciado.
Como de costume quando o assunto são patentes, não há nenhuma confirmação de que a Apple pretende realmente utilizar a tecnologia descrita nesses documentos em seus próximos lançamentos, ou em qualquer momento no futuro: é comum que as empresas de tecnologia apenas protejam suas criações com patentes, sem necessariamente adotá-las.
Fonte: https://tecnoblog.net/
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