O Google respondeu hoje às acusações do Ministério Público Federal de que dois diretores da empresa teriam atrapalhado investigações relacionadas à divulgação de conteúdo pornográfico com crianças. Em nota, a companhia considera as denúncias "ultrajantes" e afirma cooperar com as autoridades na luta contra a prática ilegal.
Segundo o Google, as imagens contendo abuso sexual de menores são removidas "proativamente" e imediatamente reportadas para os órgãos responsáveis. "Investimos milhões de dólares por ano para aprimorar globalmente nossos esforços no combate à pornografia infantil (...) É, portanto, incompreensível que o MPF tenha feito acusações sem fundamento", argumenta.
A denúncia do MP acusa os funcionários Fabiana Regina Siviero e André Zanatta de não cumprirem ordens judiciais em "várias ações" em que esse tipo de material havia sido postado no Orkut, que pertence à empresa em que trabalham.
Fabiana é citada como principal causadora de problemas por ter adotado "inexplicável e deliberada" demora em responder aos ofícios para envio de dados. Assim, os prazos expiravam e o conteúdo da denúncia era apagado - e, em uma situação, a diretora teria admitido que deletou antes do tempo devido.
"A denunciada adotou conduta de deliberadamente excluir os dados imprescindíveis à investigação criminal, tão logo feita a comunicação da existência de divulgação de pornografia infantil pelo serviço Orkut, tornando assim inócua qualquer decisão judicial”, escreveram as procuradoras da República Adriana Scordamaglia e Melissa Garcia Blagitz de Abreu e Silva, autoras da denúncia.
Para elas, Fabiana auxiliou a prática do crime, já que os usuários poderiam continuar veiculando material pornográfico "acobertados pela atitude da denunciada de não encaminhar os dados que permitissem suas localizações".
Já André desrespeitou ordens judiciais duas vezes, ambas relacionadas a um mesmo perfil no Orkut. Segundo o MPF, um ano após o envio do primeiro ofício o diretor ainda não havia respondido.
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