Se você possui internet no celular, já deve ter percebido que o sinal nem sempre está bom e a velocidade nem sempre é aquela que você deseja. Muitas vezes isso é culpa da operadora, mas, de acordo com uma startup americana, a própria maneira como a internet móvel é concebida faz com que ela seja falha.
Da forma como funciona atualmente, a internet móvel (seja na tecnologia 2G, 3G ou 4G) funciona por meio de sinais vindos de grandes antenas. Elas precisam ser abrangentes o suficiente pra cobrir uma grande área, mas os seus sinais não podem se cruzar por causa de interferências. Assim, vários aparelhos se conectam a um sinal de internet, que precisa ser potente o suficiente para ser compartilhado pelo maior número possível de pessoas. Por conta dessas características, é comum que se perca sinal ao se locomover – isso acontece quando você está entre as áreas cobertas por várias antenas – ou então durante uma ocasião em que muitas pessoas estão conectadas ao mesmo tempo – a antena não suporta tantas conexões.
É nesse sentido que Steve Perlman, fundador da Artemis, pretende revolucionar o sinal de internet móvel. Junto de seu time de engenheiros, ele trabalha desde 2011 na tecnologia pCell, e promete com ela velocidades muito maiores ao que estamos acostumados.
A ideia da pCell é, ao contrário da internet móvel comum, espalhar uma massiva quantidade de pequenas antenas (as pWaves) que sejam capazes de promover o melhor serviço possível em uma pequena área. Assim, com a combinação de várias pWaves, o usuário das pCell pode criar sua própria rede pessoal de internet. Com isso, a Artemis estima que o sinal máximo de hoje seja o padrão da pCell, enquanto o sinal máximo da pCell poderia ser até 1.000 vezes mais rápido do que o que temos hoje.
Além de qualidade e velocidade maior do que o padrão atual, a nova tecnologia também promete economia de energia. Com antenas menores, se gastaria menos eletricidade para mantê-las em funcionamento, e os celulares também gastariam menos bateria tentando encontrar o sinal da internet - logo, duraria mais. Além disso, o investimento em infra-estrutura seria menor, já que não se precisaria erguer grandes torres de celular, e sim várias pequenas pWaves.
Do jeito como está sendo desenvolvida hoje, a tecnologia pCell também pretende ser compatível com todos os telefones disponíveis no mercado. No entanto, existe também a ideia de criar aparelhos nativos da pCell, que seriam ainda mais econômicos em energia.
A Artemis pretende lançar a pCell no quarto trimestre de 2014 na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos. Em uma demonstração, o CEO da empresa chegou a estimar que até o final de 2015 a tecnologia poderá estar disponível em todos os maiores mercados do mundo.
FONTE: http://corporate.canaltech.com.br/
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