Também falamos sobre o LINUX, e agora vamos falar do WINDOWS
O argumento neste caso é o mesmo: nenhum sistema operacional é perfeito, já que, se fosse, todos o usariam, e com o Windows, em qualquer versão, não é diferente, com algumas falhas que até hoje não foram melhoradas mesmo após décadas de existência.
No caso do Windows em especial, que atualmente é o sistema pessoal mais utilizado do mundo, concentraremos nossas críticas no seu principal defeito: o licenciamento. O fato de ser utilizado pela maioria das pessoas não tem a menor correlação com qualidade superior. Não mesmo, como veremos no primeiro item, e certamente ele possui um bom número de vantagens, mas está longe de ser imune a críticas (Mac OS X: nos aguarde!!).
É popular pois é vendido à força
Em um mundo ideal, ao comprarmos uma máquina teríamos a liberdade de escolher o sistema operacional que viria pré-instalado, não tendo um custo adicional (no caso de alguma variação do Linux). Porém, o que acontece é que praticamente qualquer PC, notebook ou Ultrabook vendido atualmente vem com o Windows instalado, e ele não é só pago como está longe de ser barato, versão conhecida como OEM (Original Equipment Manufacturer).
É isso: você paga sem nem mesmo saber, pouco importando a sua opinião. Segundo a Microsoft, basta não aceitar a licença de uso (EULA) e pedir o reembolso, mas só quem já fez isso sabe a dor de cabeça que é exigir um valor que você pagou à força de volta. Você liga para o fabricante (Dell, HP, ASUS ou outro) e eles mandam você ligar para a Microsoft alegando que "não é problema deles". Você liga para a Microsoft e eles dizem que foi uma escolha do fabricante – e não deles – embarcar o Windows, então você deve pedir para o fabricante devolver o seu dinheiro (parte dois de "não é problema deles").
Muitos usuários desistem do reembolso nessa dança de cadeiras, já que tanto o fabricante quanto a Microsoft fazem de tudo para não devolver o seu dinheiro. No Brasil isso é conhecido como venda casada, algo como "para comprar a cama você deve levar o colchão" e é ilegal, mas não do tipo ilegal, ilegal mesmo, apenas um "ilegal que o Governo está pouco se lixando para o consumidor", já que, se fosse um problema sério para as autoridades, isso não aconteceria. Tente não declarar o imposto de renda para a Receita para ver se o descaso é o mesmo.
Então o fato de ser extremamente "popular" nada tem a ver com a escolha do usuários, já que muitos nem sabem que não são obrigados a pagar pelo Windows. Muitos, inclusive, acham que ele vem de forma gratuita. Outros ficam satisfeitos por não serem obrigados a ter o trabalho de instalar um SO "do zero", escolha de quem prefere o Linux, mas podemos chutar que a porcentagem de uso do Windows seria bem menor se o usuário pudesse escolher qual deles seria instalado na hora da compra.
Nada é integrado ao sistema
Depois de alguns anos usando o Windows, a impressão que fica é que a Microsoft faz com que ele seja obrigatoriamente incompleto para estimular a venda de outros softwares de terceiros. Essa é a verdade que poucos falam, já que quem prefere instalar o SO do zero sabe que, quando a instalação terminou, os drivers são instalados e ele é completamente atualizado, ainda há a segunda metade do caminho a percorrer.
Em primeiro lugar, o usuário tem que ir atrás de um pacote de segurança, já que o Windows está longe de ter a segurança embutida no sistema como o Linux e o Mac OS X. Até mesmo checar e-mails é uma tarefa perigosa para quem não tem pelo menos um antivírus, e com mais de 20 anos de existência isso pouco mudou. Ele até possui um "antivírus" e um "firewall" embutidos (e as aspas são merecidas), ou mesmo o Security Essentials do Windows 8 e 8.1, porém, se fossem bons mesmo não existiriam tantos gigantes de segurança como Kaspersky, ESET, Avast e AVG.
E outra: o usuário tem que ir atrás de praticamente todo tipo software. Paint é um editor de imagens? É piada isso? O Internet Explorer é outro problema. Embora tenha melhorado bastante, ainda não está no mesmo nível do Firefox e do Chrome, mas está lá e não pode ser desinstalado. Alguns países consideram isso tão ruim que obrigam a Microsoft a disponibilizar uma versão em que o usuário pode escolher o navegador. Pelo menos elimina o trabalho de abrir o IE e baixar outro browser.
A lista vai longe, como é o caso de utilitários de otimização como o CCleaner e, até algum tempo atrás, até um simples leitor de PDF estava ausente. Com o valor que a Microsoft cobra pela licença (que pode chegar a até R$ 700), é pedir muito ter pelo menos um antivírus decente? Ou mesmo um editor de imagens gratuito e com um mínimo de qualidade? Aparentemente é. Mas pelo menos há soluções boas no mercado, então vamos ao próximo item.
Pirataria é um grande aliado do "sucesso" do Windows
Softwares piratas são uma realidade e a Microsoft é uma entre os maiores críticos dela – pelo menos é a imagem que a empresa quer passar, já que se ela não existisse, muitos usuários estariam pensando seriamente em mudar de plataforma. Vamos montar um cenário onde o usuário monta a sua própria máquina (ou seja, vem sem o sistema operacional), e pretende trabalhar com aplicativos gráficos, só para ter uma estimativa.
Esse usuário vai precisar, no mínimo, de uma licença do Windows, um antivírus (um de verdade, não o que vem com o Windows) e um editor de imagens. Só esses três custam, respectivamente, R$ 699 (Windows 8.1 Pro 64 bits), R$ 85 (Kaspersky Internet Security 2014) e até R$ 2500 no editor de imagens (Adobe Photoshop CS6 Standard – US$ 1159 sem impostos na loja da Adobe). Quanto você pagou no computador, mesmo?
Ser legal (no sentido jurídico) está longe de ser barato. Bons softwares para Windows (além do próprio Windows) são alguns dos maiores exemplos de capitalismo selvagem, então não é surpreendente que a pirataria esteja tão presente para quem escolhe o Windows. Fabricantes de softwares pegam pesado nos preços, e até mesmo utilitários avançados de desempenho doem no bolso, caso dos R$ 120 do Auslogics BoostSpeed.
Não temos nada a favor da pirataria, mas não adianta defender o Windows e não ter pago por cada uma das "vantagens" dele. É quase a mesma coisa que tirar sarro dos carros dos seus amigos e andar de Passat comprado pelo pai, que é diferente de gastar uma fortuna em software e analisar se o investimento valeu a pena ou não.
Comprou, pagou e não levou
Poucos até hoje tiveram coragem de ler a licença do Windows, e não é para menos, considerando o tamanho dela. Ela conta uma história interessante, utilizando termos técnicos e jurídicos relativamente complicados em páginas e páginas de leitura entediante para dizer que, bem, você pagou pelo Windows, mas ele não é seu. O que o usuário compra é o direito de uso, não o software, e a diferença, embora pareça sutil, é bem grande.
O que o usuário paga é o direito, limitado de todas as formas possíveis e imagináveis, para usar aquela licença naquela máquina daquela vez. Não é possível comprar uma máquina com o Windows, desinstalá-lo e instalá-lo em outra máquina. Ele fica preso somente àquela máquina, sendo uma das limitações mais marcantes da versão OEM. Aliás, não é possível nem ver como ele funciona, já que o código não é a aberto, então não é possível nem estudá-lo nem saber se ele está capturando os seus dados e mandando para a Microsoft.
Outro ponto são as "versões" do Windows. A Microsoft desenvolve somente uma versão, colocando-a à venda com um nome chique, como "Pro" ou "Ultimate", e, a partir dela, cria versões mais simples, ou castradas. Basicamente ela remove recursos, chegando ao ridículo de não permitir a troca do papel de parede na versão Starter do Windows 7, sendo basicamente a grande diferença entre ela e a Home Basic.
Não conhecemos nenhum outro sistema que faça esse tipo de coisa. Só existe um Mac OS X, assim como somente um Ubuntu, um Linux Mint e um PC BSD. A variação dessas distros fica por conta do tipo de interface gráfica, não de recursos. É importante ter em mente essas limitações na hora de comprar uma máquina, já que, depois de aceitar a licença, não há nada que o usuário possa fazer.
Conclusão
O Windows é sim um sistema de qualidade e com boa facilidade de uso, mas apresenta suas limitações como qualquer outro. Entre ele, uma distro Linux e o Mac OS X, a escolha é uma questão de priorizar as vantagens e lidar com as desvantagens, e no caso do Windows, podemos dizer que a principal desvantagem é que o usuário deve ir atrás de uma série de recursos que já são incluídos por padrão nos concorrentes, em que a segurança é a limitação mais patente.
Não acham coincidência que a Microsoft não cobrou pela atualização do Windows 8 para o 8.1? Em nossa opinião, ela fez isso pois forçou demais a barra com o Windows 8, removendo o famoso Menu Iniciar, mudando radicalmente a interface e causando revolta de muitos usuários. Até hoje o Windows 8 tem dificuldades em se popularizar, em especial por não atender às exigências de muitos usuários, algo que o Linux e mesmo o Mac OS X fazem com mais frequência.
Fonte: http://canaltech.com.br
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