O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, parece estar prestes a anunciar uma série de reformas na forma de atuação da NSA, a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos. De acordo com informações do jornal Los Angeles Times, o governante estaria disposto a colocar um representante público na corte responsável por aprovar pedidos de setores por dados sigilosos.
A FISC, ou Corte de Vigilância em Inteligência Estrangeira, atende principalmente ao FBI e à NSA no que toca operações de vigilância a suspeitos atuando dentro de solo americano. O órgão é composto apenas de membros do próprio governo, que deliberam em sessões secretas, e deve ganhar um defensor público para servir de ponte entre os interesses da população e a administração dos EUA.
Além disso, fontes anônimas ouvidas pelo LA Times afirmam que Barack Obama estaria disposto a transferir o controle de dados telefônicos sigilosos a empresas privadas, removendo-os do comando da NSA. Além disso, a ideia é obrigar a agência a possuir a aprovação de um juiz sempre que requisitar acesso a dados sigilosos de residentes nos EUA.
A proposta teria sido analisada por Obama durante todo o recesso de final de ano e poderia ser anunciada nos próximos dias. Antes de deixar Washington, o presidente afirmou à imprensa que o governo dos Estados Unidos leva a sério a privacidade de seus cidadãos e tomará medidas para recuperar a confiança da população.
As atividades da NSA sofreram um duro baque após as revelações de Edward Snowden, um ex-analista contratado pela agência. Ele vazou documentos relacionados a operações de espionagem e forte vigilância do governo dos Estados Unidos não apenas a nações consideradas inimigas, mas também ao próprio povo americano.
O esquema de espionagem, inclusive, é motivo de preocupação para os próprios congressistas. Em carta aberta, o senador Bernie Sanders, do estado de Vermont, questionou se a vigilância também se estendia aos membros do próprio governo dos Estados Unidos. Em breve resposta à imprensa, a NSA afirmou que os políticos possuem os mesmos direitos à privacidade que qualquer outro cidadão americano, mas não negou que eles também estivessem sendo observados.
Fonte: http://canaltech.com.br/
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