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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

[ # ] FIFA 14: Versão para atual geração de consoles tem melhorias — sutis, é verdade



Assim como nos gramados europeus do mundo real, começa uma nova temporada entre as franquias de futebol. O chute inicial foi dado pela Electronic Arts ao liberar a versão demonstrativa de FIFA 14 para PS3, Xbox 360 e PC — esta última versão a qual nós testamos.
Embora a desenvolvedora tenha deixado nas entrelinhas que está focada em investir seus esforços no desenvolvimento de FIFA para a nova geração de consoles, o Xbox One e o PlayStation 4, ela não abandonou completamente a edição do game para os video games que temos no momento.
Sim, FIFA 14 possui melhorias — mais modestas do que gostaríamos, é verdade. Contudo, é possível perceber que o jogo teve evoluções, principalmente no sentido de ficar ainda mais próximo da realidade.
Apesar de não apresentar aperfeiçoamentos gráficos relevantes, a jogabilidade está mais fiel ao que acontece nos campos mundo afora. Além disso, modos de jogo como o Ultimate Team ganharam uma bela reformulação e estão mais dinâmicos e participativos.
O que você vai encontrar na demo
Como de praxe, a versão demonstrativa dos games de futebol (não é uma exclusividade do FIFA é bastante limitada. Nesta edição, você tem a oportunidade de entrar em campo com Milan, Barcelona, Borussia Dortmund, Manchester City, New York Red Bulls, Boca Juniors e Tottenham.
O palco de todos os espetáculos é único: o Camp Nou, o estádio do Barça. Após a realização da Copa das Confederações, a bola do evento — batizada de Cafusa — é que conduz os embates entre esses clubes.
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As partidas são restringidas a tempos de apenas 3 minutos e, antes do começo de cada uma delas, é possível testar suas habilidades nos desafios oferecidos pela modalidade Jogos de Habilidade (embora esse modo completo não esteja acessível). Os modos de jogo disponíveis são o tradicional Jogo Rápido e o Ultimate Team, ambos apenas com jogos amistosos.
Avanço gráfico comedido
Os trailers de FIFA 14 divulgados pela própria EA já mostravam que a companhia não faria grandes mudanças nos gráficos empregados pela sua franquia do esporte bretão. Isso ficou comprovado na demo recém-lançada.
Se colocarmos lado a lado o FIFA 14 com o seu antecessor, não perceberemos avanços no tocante a composição gráfica de jogadores e elementos dos campos ou dos estádios. Algumas características dos atletas continuam meio “quadradas” (como seus ombros), o gramado ainda possui um aspecto completamente artificial e a torcida permanece tendo a aparência de placas de papelão.
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Com um bocado de esforço, é possível enxergar pequenos aperfeiçoamentos em relação à textura de alguns desses elementos. Mas eles são tão suaves que não farão a menor diferença para você enquanto a bola estiver rolando.
Navegação mais dinâmica
O que você com certeza vai perceber é a remodelação de boa parte da interface do FIFA 14. Desde a sua tela inicial até os menus com as opções de configuração do jogo e a seção com estatísticas e ações possíveis no intervalo de uma partida, tudo passou a ter um visual com mais imagens e menos textos.
Para nós, essa mudança foi para a melhor, pois tornou a interface do título mais simples e objetiva, promovendo uma interação mais dinâmica e descomplicada. Você até pode sentir um desconforto e ter uma sensação de estranheza em um primeiro momento. Porém, bastam alguns minutos para estar completamente familiarizado com a nova forma de navegação.
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Nesse sentido, apenas a estrutura dos menus de gerenciamento da equipe permaneceu praticamente intacta — exceto alterações simples de fonte de texto, ícones e detalhes que formam a lista de jogadores escalados, por exemplo. Assim, nada muda na hora de você selecionar os atletas que formarão o elenco principal, quando precisar fazer uma substituição ou traçar uma estratégia de jogo mais ofensiva.
Forte bomba!
Seguindo a mesma linha do seu quesito gráfico, FIFA 14 aparenta ter raras melhorias sonoras. Resumindo, a grande maioria dos efeitos de áudio usados no FIFA 13 foi reaproveitada nesta edição. Contudo, se você se concentrar um pouco, poderá perceber que há aperfeiçoamentos sutis.
Entre eles, os mais aparentes estão relacionados com os barulhos emitidos pela bola. Quando um atleta acerta um daqueles chutes “na veia”, a pelota não parece mais ter um ruído abafado por um pedaço de pano. Outra situação é quando a bola acerta a trave, que finalmente passa a sensação de ser feita de metal e não de madeira.
Um passo a mais em direção à realidade
Não é de hoje que a EA tenta aproximar cada vez mais a jogabilidade do FIFA com o que realmente ocorre nos gramados fora dos video games. Apesar de não ter implementado mudanças gráficas ou sonoras significativas, nesse sentido a desenvolvedora fez um bom trabalho — mas nada excepcional.
Nos primeiros minutos após o apito do árbitro e a autorização do início da partida, você provavelmente perceberá um comportamento diferente do astro central desse esporte. A física aplicada à bola está mais realista, o que pode ser bom para alguns e ruim para outros.
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Isso porque a pelota consegue efetuar chutes mais precisos e com efeitos de curva mais contundentes — algo importante para quem adora usar o “chute colocado” permitido pelo game. Em contrapartida, a bola está um pouco mais difícil de ser dominada em passes longos. Assim, aqueles lançamentos feitos por zagueiros podem complicar a vida dos atacantes meia-boca.
Essa tendência de realismo também é vista nos jogadores, que usam melhor o corpo para proteger ou disputar a bola com um adversário. Por exemplo, o clássico ombro a ombro está mais útil no FIFA 14 e pode salvar a sua equipe de tomar alguns gols quando bem aplicado.
Talvez, a inteligência artificial seja o aspecto referente à jogabilidade com maior destaque, e os aprimoramentos vieram tanto para o setor ofensivo quanto o defensivo dos times. Com certeza, os seus companheiros se posicionam melhor durante a construção das jogadas. Aliadas a isso, as animações dos jogadores, como dribles, tabelas e enfiadas, estão mais polidas e proporcionam uma melhor fluidez dos ataques.
E, apesar de a bola estar um pouco mais difícil de ser controlada, os atletas conseguem dar uma continuidade mais dinâmica e aguda para ataques em velocidade, sem ter que necessariamente parar para dominar a bola.
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Na contramão, os oponentes parecem estar mais “ligados” nas suas jogadas, apresentando sistemas defensivos bastante concisos. Com essa maior esperteza dos jogadores para ambos os lados, você deve presenciar um maior número de contra-ataques e impedimentos.
A combinação de todas essas características resulta em um jogo mais cadenciado, que exige menos correria e mais toque de bola. Sair correndo com a pelota pelo campo pode não adiantar para vencer uma partida — é preciso “trabalhar” a bola até encontrar uma brecha na zaga adversária.
Explorando seu conhecimento futebolístico
Para não dizer que ficou sem trazer nada de novo no tocante a modos de jogo, o FIFA 14 implementou mudanças em alguns já existentes. Por exemplo, o chamado “Jogos de Habilidade” possui novos desafios (em um deles você assume o papel de goleiro para defender pênaltis) e as categorias presentes na versão passada do jogo tiveram as barreiras modificadas.
O Ultimate Team, modalidade na qual você pode montar o seu time com base em cartas que representam os atletas, é a que teve uma maior quantidade de novidades. O grande destaque, sem dúvida, é o mecanismo que usa atributos específicos de um jogador para complementar o status dos outros.
Nacionalidade, time de origem e clube atual são algumas das características que podem fazer com que o elenco fique mais entrosado, se dedique mais dentro das quatro linhas e tenha um desempenho melhor a cada confronto.
Essa função é indicada por traços coloridos entre as cartas na hora de escalar os titulares. Às vezes, basta uma troca de posição entre dois atletas para que ambos estejam mais empolgados e incentivados para defender o escudo do seu clube.
São apenas primeiras impressões
Em suma, FIFA 14 possui melhorias, mas nada revolucionário ou que deixe os adeptos da franquia de queixo caído — isso a EA está guardando para a nova geração de consoles com a engine gráfica Ignite. Contudo, alguns dos aprimoramentos promovidos são perceptíveis e devem satisfazer, pelo menos, as necessidades básicas dos gamers.
Precisamos salientar também que essa é uma versão demonstrativa, o que significa que aperfeiçoamentos ainda podem ser efetuados, embora tradicionalmente essas mudanças de última hora sejam menos expressivas.
É fato que, ao menos em números, o FIFA tem dominado o mercado nos últimos anos. E essa evidente aposta da EA em redirecionar boa parte de seus esforços e investimentos na criação do FIFA para PS4 e Xbox One pode dar uma brecha para que o PES e a sua nova engine gráfica (a Fox Engine) retomem o espaço perdido pelo menos nos consoles da atual geração, o Xbox 360 e o PS3.
Esse espaço de tempo é curto: do final de setembro, quando ambas as franquias terão suas novas edições lançadas para esta geração, até o final de novembro, quando chegam às prateleiras os novos consoles da Sony e da Microsoft, e com eles todo o poder prometido pela Ignite do FIFA.
Assim, a Konami, que já está um passo atrás na futura geração de video games por sequer ter anunciado o PES para ela, precisa aproveitar essa chance de mostrar aos fãs dos jogos de futebol o potencial do seu novo motor gráfico e que pode voltar a dominar esse segmento.

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