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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Indígenas mexicanos criam sua própria rede de telefonia móvel

Rede de telefonia móvel indígena

Indígenas do México se mobilizaram para resolver um problema de comunicação em uma região onde nenhuma operadora de telefonia celular quer trabalhar, a Villa Talea de Castro. Os habitantes do local precisaram criar sua própria rede de telefonia móvel.
O jornal El Pais explica que quando um usuário de telefonia móvel chega até o povoado de Sierra Norte de Oaxaca, recebe uma mensagem de texto desejando boas vindas e instruções de como proceder para se registrar à Rede Celular de Talea (RCT). Para conectar-se à rede local, é preciso se dirigir até a rádio do povoado com a mensagem recebida no dispositivo móvel.

Como funciona?

O modelo vem da organização "Rhizomatica", que leva a comunicação móvel a regiões marginais por meio de um equipamento de sistema global (GSM) de baixo custo, software livre e tecnologia Volp (Voice over IP), que permite transmitir voz de forma digital por meio da Internet para o restante do mundo.
O projeto visa utilizar todos os fragmentos do espectro radioelétrico (para chamadas locais) que existem por todo o espaço aéreo mexicano e que as concessionárias telefônicas se negam a utilizar por inviabilidade financeira. Depois de encontrar o modelo do projeto ideal, os indígenas conseguiram uma licença de dois anos da Comissão Federal de Telecomunicações (Cofetel) para testar o equipamento, proporcionado por uma empresa norte-americana.
Vantagens para os habitantes da região
"Tenho dois filhos que vivem fora do povoado e pelo menos duas ou três vezes por semana me comunico com eles", diz Ramiro Pérez, funcionário de um restaurante e adepto da rede de telefonia local. "Além disso, meus clientes me pedem comida por telefone. Por apenas 15 pesos (cerca de R$ 2,75) ao mês, faço e recebo todas as chamadas necessárias para meus assuntos familiares e para meu negócio", acrescenta.
Há pouco mais de três meses, antes da criação da RCT, os habitantes do povoado contavam apenas com cabines telefônicas – que cobravam até dez pesos (cerca de R$ 1,85) por minuto – para se comunicar. Agora, por 15 pesos, os usuários podem realizar todas as chamadas locais que desejarem; desde que não demorem mais de cinco minutos em cada ligação para que as 11 linhas disponíveis não fiquem saturadas.
A Villa Talea de Castro possui cerca de 2.500 habitantes, um dos motivos que afastaram as grandes operadoras de telefonia móvel da região, principalmente por ser considerado um local pouco rentável. Mas a RCT está sendo bem sucedida, e em apenas três meses de operações já conta com mais de 600 usuários mensais e o equipamento emprestado para teste já é insuficiente para atender a demanda.


Fonte: : http://canaltech.com.br/

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