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domingo, 21 de julho de 2013

Microsoft nega repasse de dados de clientes para governo dos EUA

Segundo a empresa, todos os pedidos por informações privadas de usuários precisam passar por trâmites legais.

Microsoft

 A Microsoft veio a público para negar veementemente as acusações de que estaria colaborando diretamente com o programa Prism. Segundo documentos liberados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden, a empresa permitiria que o governo americano tivesse acesso às conversas do Skype, os e-mails do Outlook e arquivos do SkyDrive sem necessidade de mandado judicial.

Em post no blog oficial, a empresa dá sua versão sobre os fatos e explica como funciona o processo de liberação de informações privadas dos usuários a governos. Segundo a Microsoft, nenhum dado é repassado a governos ou qualquer outro tipo de entidade sem um pedido formal na justiça.

O comunicado afirma que usuários do Outlook.com e Hotmail podem ficar tranquilos, pois nenhum dado é repassado para governos sem uma demanda judicial válida. "Quando recebemos um pedido, nós o analisamos e, se formos obrigados, acatamos", afirma Brad Smith, vice-presidente legal da empresa.

Microsoft também afirma que não colabora para que nenhum governo ou ninguém tenha as chaves de encriptação dos e-mails enviados por estes serviços, de forma a permitir a interceptação das comunicações, conforme os documentos acusavam. Segundo a empresa, caso o pedido judicial seja acatado, os dados são repassados em formato já desencriptado, como eles ficam armazenados em seu banco.

O acesso a arquivos do SkyDrive funciona da mesma maneira, segundo a Microsoft. Já em relação ao Skype, as acusações também foram negadas. A empresa afirma que o acesso às conversas de usuários só se dá por vias legais, e apenas para contas específicas e que não dará acesso indiscriminado a todas os dados dos usuários.

Os usuários que utilizam os serviços corporativos da empresa também estão protegidos, afirma a empresa. A Microsoft diz que, em caso de pediso legais, a companhia tenta colocar o governo diretamente em contato com o cliente ou notificá-lo, a menos que seja legalmente proibida de realizá-lo. "Nunca fornecemos dados de nossos clientes corporativos para governos com propósitos de segurança nacional", diz Smith.

"Todos vivemos em um mundo onde empresas e governos estão usando Big Data e seria um engano assumir que isso esteja limitado aos EUA. Agências provavelmente obtêm as informações de várias fontes por várias maneiras, mas se eles querem dados de clientes da Microsoft, eles precisam seguir os processos legais", afirma o comunicado.

A empresa também aguarda aprovação para detalhar ainda mais os pedidos por informações de usuários.

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