A indústria dos computadores não anda muito bem das pernas. Mesmo com o lançamento do Windows 8 e a promoção cada vez maior de tablets e notebooks com telas touch para aumentar as vendas, em 2013 o mercado experimentou uma forte retração de 10%. Se depender da Intel, no entanto, isso está prestes a acabar. Segundo o The Verge, a companhia está para apresentar ao público uma nova marca de computadores cujo principal diferencial será a capacidade de rodar Windows e Android ao mesmo tempo.
A fabricante de chips estaria trabalhando em acordos com fabricantes de computadores para viabilizar o novo dispositivo e já apresentá-lo na Consumer Electronic Show 2014 (CES), que acontece nesta semana em Las Vegas, Estados Unidos. O protótipo, conhecido internamente como "Dual OS", roda o Android virtualizado dentro do Windows para que o usuário tenha a sua disposição aplicativos Windows e Android ao mesmo tempo, sem a necessidade de reiniciar a máquina.
Apesar de interessante, a ideia não é exatamente nova. A Samsung já lançou um notebook híbrido baseado no Windows 8 e Android, o Ativ Q, em junho de 2013 e a Asus parece estar trabalhando numa máquina de conceito semelhante que também deve ser mostrada na CES. Para se diferenciar dos concorrentes, a Intel estaria apostando na portabilidade e otimização dos seus processadores para que ofereçam o melhor suporte possível aos dois sistemas operacionais ao mesmo tempo. Se obtiver sucesso, a Intel oferecerá aos consumidores o melhor dos dois sistemas mais populares do mundo e, portanto, poderá contribuir para o aumento de vendas de computadores.
Só há um pequeno problema com todo esse plano. "Contatos internos" afirmam que nem Microsoft, nem Google fazem parte da iniciativa. Patrick Moorhead, analista da Moor Insights and Strategy, é mais direto: "A Microsoft não quer que isso aconteça de jeito nenhum. Isso daria a impressão errada aos desenvolvedores do Windows". Há algum tempo a Microsoft planeja integrar o ecossistema de aplicativos do Windows e Windows Phone, facilitando seu desenvolvimento e potencializando seu alcance. A ideia é que os apps sejam acessíveis tanto no desktop quanto nos smartphones, independente da plataforma para que foram desenvolvidos.
Permitir que uma iniciativa como a da Intel tome forma seria como decretar o fim desses planos. Por esse motivo, Moorhead diz que a dona do Windows iniciou uma queda de braço com a Intel a poucos dias da CES e está tentando convencer os fabricantes a desconsiderarem a ideia.
Por outro lado, a Google poderia restringir o acesso à sua loja oficial de apps, a Google Play, bem como ao Gmail, Google Maps e outros aplicativos de sua propriedade. Muito embora o Android seja um sistema operacional livre e de código aberto, a Google pode, sim, restringir o acesso a algumas funcionalidades da plataforma se achar necessário.
Vamos esperar para ver o que acontece até a próxima semana, quando a CES terá início.
Fonte: http://canaltech.com.br/
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