Toda semana, novos dados ou pesquisas tentam mostrar que o Facebook está perdendo a força, sucumbindo sob a concorrência de rivais menores, mais simples e móveis. É o caso, por exemplo, do Snapchat e do WhatsApp, que juntos, combinam bilhões de mensagens enviadas todos os dias e têm ocupado o lugar da rede social entre a população de jovens nos Estados Unidos.
Por mais que os estudos mostrem uma realidade americana, é exatamente o contrário que acontece ao redor do mundo. Principalmente em países emergentes, por mais que aplicativos de comunicação tenham presença constante, é o Facebook quem manda, com crescimento cada vez maior e mais e mais perfis sendo criados todos os dias.
A análise é de Jon Russell, editor do site The Next Web, e baseada principalmente no mercado asiático. Ele mora em Bangkok, na Tailândia, desde 2008, e conta que, por lá, a adoção do Facebook como ferramenta de comunicação é cada vez maior, mas que sua dinâmica é bem diferente da que é encontrada em outros serviços concorrentes.
Enquanto WhatsApp ou Snapchat são vistos como aplicações para mensagens rápidas, o Facebook é encarado como uma ferramenta de comunicação mais global, que une não apenas os amigos, mas também familiares e colegas de trabalho. Todos caminham lado a lado e, cada vez mais, proporcionam experiências diferentes para asiáticos de todas as idades.
Outra constatação interessante de Russell é a ideia de que o Facebook e a internet são duas coisas separadas. A concepção errada vem do fato da maioria dos usuários utilizar a rede social em seus smartphones e tablets, mas não possuírem PCs com acesso à rede em casa. Assim, criou-se a ideia de que o serviço é algo separado, fora da rede mundial de computadores.
A adoção da versão mobile é ainda mais evidenciada quando se nota a oferta mais constante entre as operadoras de telefonia: o acesso gratuito e ilimitado ao Facebook, fruto de parcerias entre as empresas e o próprio serviço. Foi a forma encontrada pela rede social de Mark Zuckerberg para continuar crescendo e ampliando seu número de usuários diariamente.
Ao final de sua análise, Russell chama a atenção para as dinâmicas de publicidade, que precisam ser adaptadas para refletir o dia-a-dia dos usuários de mercados emergentes, bem como os anunciantes com bem menos verba que os dos grandes países. Essa é a principal tarefa para que o Facebook permaneça não apenas relevante, mas também rentável.
Fonte: http://canaltech.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário