A outrora prestigiada fabricante de telefones celulares norte-americana Motorola – e agora filial da gigante Google – revelou, durante a CES 2014, qual será sua estratégia para reganhar a preferência dos consumidores.
Em entrevista concedida à AFP, agência francesa de notícias, e publicada no The Economic Times, o CEO da companhia, Dennis Woodside, revelou que adotará estratégias de preços agressivos para enfrentar rivais como Apple, Samsung e Google e reconquistar os consumidores. "O gosto dos consumidores muda e atualmente há uma corrente importante deles que diz: 'Eu não quero pagar tanto por um telefone', e isso é uma excelente oportunidade para nós", disse Woodside.
A Motorola está muito atrás de seus concorrentes no mercado de smartphones, mas está disposta a conquistar "os próximos 5 bilhões de consumidores que não podem se permitir ter um smartphone de US$ 600". A ordem da casa é diversificar os produtos e oferecer-lhes a preços agressivos. "Haverá smartphones diferentes a preços diferentes, mas vamos ser muito agressivos", prometeu o diretor executivo.
Desde que foi adquirida pelo Google em 2012, a Motorola lançou o Moto X mirando o mercado estadunidense e o Moto G, uma versão mais barata do anterior e que cujo público-alvo são os mercados emergentes. O Moto X, no entanto, não vendeu tão bem quanto o esperado e a empresa acabou por reduzir seu preço de US$ 550 para US$ 399.
Analistas encararam a estratégia como um atestado de fracasso e uma tentativa desesperada de impulsionar as vendas do dispositivo. Woodside desmentiu as alegações e disse que ao fixar "o preço do Moto X em US$ 399 nos Estados Unidos em uma promoção, vendemos milhares de unidades em apenas oito minutos".
É claro que a redução de preços significa menos lucro, mas, ao que aparenta, a Motorola está realmente disposta a emplacar seus dispositivos e assumir os riscos. "Nesse momento a prioridade é aumentar as vendas. Os resultados chegarão quando tivermos o nível que necessitamos", disse o executivo evitando estabelecer qualquer objetivo.
"Estamos tentando reconstruir o negócio e, como qualquer recuperação, testamos produtos dirigidos a um novo público", destacou. Pelos resultados que vêm sendo obtidos, é provável que o "novo público" adotado pela empresa seja o jovem, que, segundo o próprio Woodside, é o que mais usa a ferramenta de personalização de cores do Moto X, o MotoMaker: "80% dos usuários têm menos de 35 anos e isso é muito diferente do perfil histórico da Motorola. Podemos, dessa forma, seduzir esse público mais jovem".
- Moto Maker chegará ao Brasil em 2014
Apesar do papo aberto, Woodside preferiu não revelar quantas unidades do Moto X ou Moto G já foram vendidas e limitou-se a dizer que a empresa está ganhando dinheiro "em cada modelo" vendido. "Esse é o nosso melhor momento no mercado de smartphones", finalizou.
Fonte: CanalTech
Nenhum comentário:
Postar um comentário