Hoje, a diferença de preço entre o PlayStation 4 e o Xbox One nos Estados Unidos é de US$ 100. O valor mais alto, porém, não impediu que o console da Microsoft alcançasse sucesso semelhante ao de seu concorrente. Ambos foram bem-sucedidos durante o período de pré-venda e atingiram a marca de um milhão de vendas logo em seus primeiros dias. Sinais de que uma redução nos preços pode estar longe de acontecer.
Os lançamentos milionários de ambas as plataformas, com grandes eventos, e o hardware conectado e bastante de acordo com as tendências do mercado, deixam mudanças nos valores mais distantes. Os videogames são mais baratos para serem fabricados e contam com uma variedade maior de opções, principalmente no que toca o entretenimento, tornando-se interessantes também para um público que não é acostumado a jogar.
A situação vista na geração passada também não se aplica aqui. O PlayStation 3 foi lançado em 2006 por US$ 599, um valor pouco atrativo para um mercado que já contava com o Xbox 360 há mais de um ano. O resultado foi uma redução no valor cerca de oito meses depois da chegada do console da Sony e um movimento que foi seguido pouco depois pela Microsoft, de forma a aumentar suas vendas. Isso não parece ser um problema hoje.
A unidade de edições dos consoles também é um fator que facilita a produção. Enquanto o PS3 e o Xbox 360 – e também o Wii U – chegaram ao mercado em diferentes versões e acabaram vendo muitas delas sendo descontinuadas, existe apenas um único modelo dos novos aparelhos. A produção é facilitada e a confusão na cabeça dos consumidores não existe.
Tudo pode mudar, claro, caso um dos dois concorrentes passe consideravelmente à frente do outro. Nesse caso, na opinião do analista de mercado Matt Matthews, a Microsoft pode ser a primeira a ceder. Em entrevista ao CNET, ele afirma que seria necessário um total bastante baixo, na casa das 50 mil unidades vendidas por mês, para que a empresa considere uma redução. A Sony, com seu PS4 mais barato, é ainda menos propensa a baixar o preço.
Outros caminhos
Por outro lado, nada disso significa que as empresas não estejam dispostas a oferecer vantagens a seus clientes. Na visão de Matthews, Sony e Microsoft devem seguir pelo caminho dos bundles para conquistar ainda mais jogadores, unindo jogos e consoles especiais em um único pacote por valores mais baratos do que a compra de cada um deles separadamente.
O foco, aqui, deve ser nos títulos exclusivos. Como a margem de lucro das duas empresas já estaria bastante apertada, os games “de casa” seriam uma boa opção para movimentar o mercado e apresentar opções mais vantajosas. Além disso, jogos dedicados a uma única plataforma ajudam a fidelizar os jogadores e mantê-los em um único videogame.
A estratégia ainda não começou a ser aplicada pela Sony, mas rumores indicam o lançamento para breve de um bundle unindo o PlayStation 4 ao game Killzone: Shadow Fall. Já a Microsoft lançou, na Europa, um Xbox One acompanhado de uma cópia digital gratuita de FIFA 14, além de outra versão já com Call of Duty: Ghosts.
Há também argumentos em favor de uma versão do videogame da Microsoft sem o Kinect. Como a Sony obteve sua redução no preço de PS4 removendo a PlayStation Eye do pacote padrão, pode-se acreditar que a concorrente estaria disposta a fazer o mesmo. Para Matthews, porém, a opção deve fragmentar o ambiente do Xbox One, uma vez que o sensor é essencial à experiência.
Fonte: http://canaltech.com.br/
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