Se daqui cinco anos você perceber que o seu smartphone está mais esperto que você, não se espante. Um estudo divulgado pelo instituto de pesquisas Gartner afirma que, em 2017, os celulares inteligentes serão, de fato, mais inteligentes que os próprios donos. De acordo com a companhia, este é o próximo passo da tecnologia pessoal, também chamada computação consciente.
Carolina Milanesi, vice-presidente de pesquisas do Gartner, acredita que os telefones do futuro poderão reunir informações e dados pessoais do usuário para traçar panoramas e dar dicas, segundo o comportamento do indivíduo. "Se o trânsito estiver ruim e você tiver uma reunião com seu chefe, o dispositivo vai te acordar mais cedo, ou enviar um pedido de desculpas se for um encontro com um colega", disse.
Milanesi destaca que os celulares como conhecemos hoje adquiriram o status de smartphones por dois motivos: pelos aplicativos, que reúnem um conjunto de funções e ferramentas variadas (entretenimento, produtividade, conhecimento) para facilitar nosso dia a dia, e pela própria tecnologia, que inseriu características de outros aparelhos, como sensores, GPS e câmeras fotográficas.
Os primeiros serviços que devem se adequar aos smartphones do futuro serão as atividades sociais e domésticas, como criar lista de tarefas, enviar lembretes de aniversário, responder e-mails e cuidar da agenda de contatos. A partir daí, entra em cena o conceito da computação consciente: quando o dono do celular perceber que pode confiar cada vez mais no aparelho - e se acostumar com isso -, vai permitir que mais funções sejam realizadas por seu dispositivo pessoal.
"O smartphone será nosso agente secreto digital, mas terá acesso somente àquilo que estamos dispostos a informar. Em 2017, os celulares não serão literalmente mais espertos que as pessoas, mas sim por causa dos dados armazenados na nuvem. Será através da cloud que o aparelho poderá dar sentido à informação que ele considerar mais pertinente", diz Milanesi.
Para Milanesi, a privacidade será um problema para alguns consumidores, mas explica que o usuário é quem vai determinar o que seu celular poderá ou não acessar. Ela confia na ideia de que os smartphones serão companheiros naturais do ser humano. "Nos próximos cinco anos, os dados coletados sobre nós mesmos, como gostos pessoais e locais favoritos, serão usados por nossos aparelhos pessoais para finalmente melhorar nossa vida", conclui.
Na ficção, o último filme do diretor Spike Jonze retrata como deve ser essa interação entre usuário e smartphone. Em "Ela" ("Her"), Joaquin Phoenix é Theodore, um escritor solitário que adquire um sistema operacional criado para atender todas as necessidades. O que o autor não esperava é que fosse se apaixonar pela inteligência artificial do software, interpretada - ou melhor, apenas falada - por Scarlett Johansson. O filme estreia no Brasil no dia 17 de janeiro de 2014.
Fonte: http://canaltech.com.br/
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