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sábado, 14 de setembro de 2013

Por que você não deve comprar um televisor 4K ? Entenda agora O MOTIVO:

4k


Falar de televisão 4K, ou Ultra HD, está na moda hoje em dia. Fabricantes começaram a lançar um modelo atrás do outro com a promessa da apoteose do entretenimento digital, algo reservado para aqueles que esperam o máximo de qualidade ao consumir conteúdo. Os números certamente impressionam: a resolução de 3840x2160 representa 8,3 milhões de pixels (ou 8,3 megapixels, mas não é tão atraente quanto falar "milhões"), assim como passou a ser normal falar que um modelo tem mais de 100 polegadas.

Comparação 4K

Do lado dos fabricantes temos um excelente negócio, afinal esses novos modelos custam uma nota, passando dos R$ 100.000,00 em alguns casos (não erramos o número, estamos falando de cem mil reais!). Mas e para o consumidor? É hora de guardar (muito) dinheiro para comprar uma 4K? Um modelo desses certamente impõe respeito, não há como discordar, mas estamos falando de benefícios reais que vão além de simplesmente impressionar as visitas, e acreditamos sinceramente que não. Vamos explicar os motivos.

Quatro vezes maior é diferente de quatro vezes melhor

A mudança da qualidade digital padrão para o HD foi cara e demorada, isso é inegável. Agora, falar que a transição do HD para o 4K percorrerá o mesmo caminho é história de marketeiro. Para quem participou da transição para o HD, na época que os modelos eram caríssimos, bastava entrar em uma loja para ficar impressionado. Os vendedores não precisavam falar nada: era só olhar uma TV comum ao lado de uma com resolução HD para entender que a mudança de padrão era não só necessária, mas extremamente bem vinda.
Diferença entre Full HD e 4K

Não é o que acontece com o 4K. Ou essas TVs chamam a atenção pelo tamanho ou os vendedores precisam apontar para um ponto específico da tela e dizer "está vendo a ponta do fio do cabelo da atriz X? É melhor do que o Full HD ou não é?". Mas é claro que é, neste caso estamos a 20 centímetros da TV! No conforto de nossa casa, sentado no sofá e assistindo um filme sem se preocupar em ficar contando pixels, é difícil dizer que há uma diferença. A não ser que você seja um ninja, é claro.
Isso acontece pois a diferença de qualidade entre uma TV comum e uma HD é mais aparente para o olho humano do que entre um modelo HD e um Ultra HD. É uma situação muito semelhante ao que acontece com smartphones: a tela do Galaxy S3 é HD (1280x720). Já a do Galaxy S4 é Full HD (1920x1080), ou seja, 125% pixels a mais com um aumento de somente 8,5% (de 4,8 polegadas para 5 polegadas) no tamanho da tela. No dia a dia, essa diferença é tão pequena que chega a ser imperceptível.

Não vendam 4K e façam e entreguem upscaling

Vamos imaginar por um momento que você repare a diferença entre o HD e o 4K (seu ninja!), e decide comprar um modelo. A TV chega, é instalada e você começa a assistir...o quê? O vídeo demonstração? Não há conteúdo disponível para tirar proveito da resolução 4K. Alguns filmes, como o "Homens de Preto 3" e "Batman: The Dark Knight Rises" até foram filmados em 4K, mas ainda assim, se você for comprar o BluRay, vai assisti-lo em 1080p.

Upscaling

A equipe de marketing dos fabricantes sabe disso, e diz "Não se preocupe. Nosso modelo faz upscaling de qualquer filme para 4K". O resultado fica bom? Fica melhor, mas falar que fica bom é algo completamente diferente. Upscaling não é 4K, então mesmo que nas lojas esses modelos impressionem, não é a experiência que você vai ter em casa. No caso do nosso sinal de televisão, o resultado será ainda pior.
Uma solução é passar uns bons anos comprando BluRays em 1080p e se contentar com o upscaling, mas de qualquer forma você terá pago pelo 4K e receberá... o upscaling. BluRays são caros, mas gastar um bom dinheiro em uma TV e ficar assistindo televisão em qualidade padrão ou filmes em RMVB é o mesmo que comprar um Porsche e se recusar a abastecê-lo com gasolina aditivada.

Usuários exigentes não ligam só para imagens

Em um mundo ideal onde Hollywood decida do dia para noite só produzir conteúdo e distribuí-lo em 4K, a televisão sozinha fará metade do trabalho de uma experiência completa de entretenimento. Raros são os puristas de consumo de conteúdo que não investem mais no sistema de som do que na televisão, já que áudio de qualidade é essencial para um nível de imersão maior no que está sendo visto.

Sistema de som

Em geral, os fabricantes anunciam com palavras bonitas e cheias de orgulho sobre a qualidade de áudio de seus modelos, na maioria das vezes um par de caixas de cada lado e um singelo subwoofer traseiro, uma configuração conhecida como 4.1. Isso pode ser considerado um home theater? Claro que não! O mínimo necessário para uma experiência sonora decente é a combinação de um ponto central, duas caixas laterais, duas traseiras (atrás do usuário, é claro) e um subwoofer.
Se todas as caixas estão apontadas para o usuário, pode ser 2.1, 4.1 ou 20.1 que o resultado é o mesmo: não é um home theater.  Os fabricantes dizem que o efeito surround é virtual, então nem vale a pena considerar o áudio da TV, já que uma soundbar faz o mesmo com mais qualidade e com um preço muito menor. Isso não é culpa da televisão em si, mas da imagem que querem que o consumidor tenha delas. Por mais que digam que ao comprar um modelo 4K você terá uma experiência completa, acredite: você ainda vai ter que ir atrás de um home theater.

Uma questão de ônus

O principal motivo para que o 4K ainda seja uma realidade distante é o custo de se produzir nessa qualidade. Filmar em 4K é caro, editar em 4K é para poucos e distribuir em 4K é irreal nos dias de hoje. BluRays não suportam uma qualidade tão grande, as saídas HDMI atuais não possuem banda para transmitir um filme desses e praticamente nenhum país possui uma infraestrutura sofisticada o suficiente para distribuir qualquer tipo de transmissão para um número considerável de usuários.
De quem é o ônus?
Os fabricantes dizem que os consumidores devem comprar modelos 4K para popularizar a tecnologia. Isso é conhecido como inversão do ônus. Não acredite nos fabricantes: você não tem que colocar a mão no bolso para um novo padrão ser adotado. Os fabricantes e os estúdios devem convencer você que a troca vale a pena. Imagine Hollywood e fabricantes comoSamsung, LG e Sony em um esforço conjunto para a diminuição de preços dos aparelhos e criação de conteúdo em 4K. Seria diferente, não?
Mas não é o que acontece. O que esperam é que os consumidores invistam em aparelhos novos e, em um belo dia, os estúdios cheguem à conclusão: "É, agora milhões de pessoas possuem TVs 4K em casa. Vamos fazer um investimento e começar a produzir em 4K, pessoal?". Uma melhora incremental de qualidade a um custo exorbitante e anos de espera, parece um mal negócio, não?
Fizemos uma cobertura exclusiva dos novos modelos lançados este ano durante a IFA em Berlim, e não ficamos muito entusiasmados, por assim dizer. Você pode conferir o que achamos no vídeo abaixo, e pedimos desculpas, já que a qualidade máxima disponível é 720p. Mas tudo bem, né? Afinal, sua televisão 4K faz uspcaling.


fONTE: http://canaltech.com.br/

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