O governo norte-americano não espionou somente a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, mas também a maior empresa do país. Segundo revelou uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, desse domingo, 8, a Petrobras também foi alvo da NSA (Agência Nacional de Segurança).
A informação consta em slides preparados em maio de 2012 para ensinar as táticas de espionagem a novos agentes, segundo documentos revelados pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden ao jornalista do Guardian Gleen Greenwald.
Os slides eram classificados como "ultrassecretos" e mostravam o que fazer para invadir redes privadas de computador, estejam elas em empresas, governos ou instituições financeiras. A Petrobras é citada como o primeiro exemplo dentro do tópico "Muitos alvos usam redes privadas".
Foi revelado ainda que o Google - apontado como um dos colaboradores da NSA - também foi espionado pela agência, além do Ministério das Relações Exteriores da França e a Swift (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Globais), cooperativa com mais de 10 mil bancos em 220 países responsável por analisar remessas internacionais.
Os documentos foram preparados pela Agência de Espionagem da Inglaterra e ensinam como funcionam os programas Flying Pig e Hush Puppy, com os quais é possível acompanhar o que circula por redes TSL/SSL. Eles atuam através de um ataque conhecido como man in the middle (homem no meio), quando os dados passam primeiro pela NSA para, só depois, ir para o destinatário.
A NSA primeiro enviou nota à Globo negando que usa sua infraestrutura para roubar segredos de empresas estrangeiras. Após a divulgação da reportagem, James Clapper, diretor da inteligência dos EUA, enviou outra nota, desta vez justificando que faz coleta de informações econômicas e financeiras a fim de prevenir crises com possibilidade de afetar mercados internacionais.
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