Um fenômeno interessante está tomando conta do mercado. Empresas centenárias têm adotado Big Data para promover a competitividade. A Protecter & Gamble, por exemplo, com 176 anos de idade, passou a tomar decisões baseadas em análises de sentimentos nas redes sociais.
O McDonalds, a mais nova da turma, com 73 anos, também tem sido uma forte defensora da análise de dados. O antigo CEO, Bob McDonald, e seu sucessor, A.G Lafley, investiram grandes recursos na adoção do Big Data. No último mês, a companhia informou que gastou 35% do seu budget de marketing em ações digitais - percentual bastante acima dos competidores.
Há 170 anos no mercado, a Schneider Electric, baseada na França, também abraçou a tecnologia. A companhia era originalmente uma fabricante de ferro, aço e armamentos. Hoje, seu foco principal é a gestão de energia com base em Big Data, o que inclui otimização de energia, gerenciamento de rede inteligente e automação predial. A empresa adquiriu e desenvolveu uma variedade de softwares no Vale do Silício, Boston e França.
O mesmo ocorreu com a Bosch, de 127 anos. A empresa alemã embarcou na onda do Big Data e lançou iniciativas em diversas áreas da companhia. A ideia é usar a análise de dados para oferecer serviços mais inteligentes aos clientes. Eles incluíram a inteligência na frota de veículos de carga, na gestão de energia e na segurança. Para desenvolver a tendência dentro da empresa, a Bosch ainda criou um grupo de inovação de software focado em análises de grandes volumes de dados e 'internet das coisas'.
Ainda mais notável é a iniciativa da GE, de 120 anos. A empresa instalou sensores de fluxo de dados em turbinas, locomotivas e motores para determinar de forma mais eficaz e eficiente os intervalos de manutenção das máquinas. Tudo isso usando a análise dos dados coletados. A organização investiu mais de US$ 2 bilhões em novos softwares de análises, além de vender tecnologias para empresas industriais que querem usar Big Data.
Por que estas centenárias abraçaram tão fortemente a tendência? Segundo o colunista do Wall Street Journal Thomas H. Davenport, a competitividade é a principal razão. Mas também há a necessidade de mostrar ao mercado que, apesar de iniciarem suas trajetórias na era analógica, o futuro das companhias é digital.
"Empresas do Vale do Silício podem ter sido pioneiras no uso do Big Data, mas estas gigantes são agéis e estão levando a tecnologia para o próximo nível. Elas são as provas de que a análise de dados não é útil apenas para negócios online, mas para todo tipo de negócios", concluiu o especialista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário