O lançamento dos novos iPhones e do novo iOS da Apple na semana passada traz à tona uma constatação fundamental sobre a empresa: ela não é mais a mesma da época de Steve Jobs, que deixou um legado incrível, e está, aos poucos, se diluindo.
Uma das coisas mais impressionantes do legado de Jobs foi a força criada ao redor de um simples evento de lançamento de novos produtos. Ele construiu uma dinâmica para que o anúncio de novos produtos da Apple se tornasse um dos dias mais esperados do ano na indústria digital.
Levantamento aponta que a Apple teve o valor equivalente a US$ 300 milhões em mídia recebida ('earned media') no lançamento da semana passada, considerando toda a cobertura e aparições dos seus produtos nos mais diversos veículos ao redor do mundo. Com este valor, realmente não é necessário fazer muita propaganda. Isso foi criado com o carisma, a surpresa da inovação e o segredo bem guardado que Steve gerenciava pessoalmente.
Levantamento aponta que a Apple teve o valor equivalente a US$ 300 milhões em mídia recebida ('earned media') no lançamento da semana passada, considerando toda a cobertura e aparições dos seus produtos nos mais diversos veículos ao redor do mundo. Com este valor, realmente não é necessário fazer muita propaganda. Isso foi criado com o carisma, a surpresa da inovação e o segredo bem guardado que Steve gerenciava pessoalmente.
Na semana passada pudemos notar que a lógica dos eventos da Apple mudou sem o seu mentor e principal estrela. Muitas das informações sobre os novos anúncios já haviam vazado antes do evento, incluindo o tema, as cores e outros detalhes. Não tivemos ninguém no palco que chegasse perto da força de Steve Jobs, mesmo com vários executivos da Apple se apresentando. Também não houve uma surpresa com algo inovador que a Apple tenha trazido ao mercado, uma grande inovação e surpresa.
O resultado foi que após o evento vimos frustração de muitos clientes atuais da empresa da maçã, e também de potenciais clientes que não viram motivos para migrar para os novos iPhones. Piadas estavam sendo feitas nas redes sociais por 'fan boys' ou pelos próprios concorrentes sobre as cores das versões mais acessíveis.
O valor das ações da empresa caiu mais de 7% até o final do dia seguinte ao anúncio, fechando a US$ 467,71, apesar de experts avaliarem o movimento da empresa como correto do ponto de vista de negócios. Um especialista recomendaria diversificar a linha de produtos, mesmo que através de cores, para aumentar o volume total, reduzir custos de produção e aumentar as margens. Tudo certo.
O valor das ações da empresa caiu mais de 7% até o final do dia seguinte ao anúncio, fechando a US$ 467,71, apesar de experts avaliarem o movimento da empresa como correto do ponto de vista de negócios. Um especialista recomendaria diversificar a linha de produtos, mesmo que através de cores, para aumentar o volume total, reduzir custos de produção e aumentar as margens. Tudo certo.
Mas, não vimos a mágica de Steve Jobs e provavelmente não veremos mais. Hoje dá para dizer que a Apple é uma empresa normal, como todas as outras, com foco nos lucros para seus acionistas. A inovação e o consumidor ficaram em segundo plano. Pelo menos essa foi a demonstração dada nesse último evento.
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