Enquanto o mundo acompanha atônito as informações sobre como governos como o norte-americano vêm espionando a todos, um documento do Google revelado nesta semana deixa claro que uma das maiores empresas de internet nunca escondeu que anda observando as comunicações dos clientes.
O Google chega a afirmar que "uma pessoa não tem expectativa legítima de privacidade sobre a informação que ela voluntariamente repassa a terceiros" - no caso, empresas como Google, Facebook, Twitter etc.
As declarações vêm de uma moção apresentada em 13 julho pelos advogados da gigante de buscas durante processos judiciais sobre privacidade que correm no Vale do Silício, nos EUA. O texto, que veio à tona graças ao Consumer Watchdog, trata especificamente sobre o Gmail, mas dá pistas de como os direitos individuais são vistos pela companhia.
"Assim como o remetente de uma carta a um colega de trabalho não pode se surpreender se o assistente do destinatário abrir a carta, as pessoas que usam e-mail baseado na web, hoje, não podem ser surpreendidos se os seus e-mails forem processados pelo [provedor do] destinatário no curso da entrega", justifica o Google.
Em determinado ponto, a empresa afirma ainda que sem dar uma bisbilhotada não seria possível oferecer serviços como filtros, e que os usuários mostram estar cientes disso tudo quando aceitam se tornar clientes do Google. Ilegalizar a interceptação, diz o Google, faria com que a atividade do setor todo se tornasse "impossível".
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