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sexta-feira, 29 de março de 2013

E se o Gmail acabasse?

Dependência que temos de grandes serviços na internet mostra o quanto é importante contar sempre com uma alternativa para não ficar na mão caso aconteça algo de errado.


Se você perguntasse para qualquer pessoa há três anos se um dia o MSN Messenger deixaria de existir, certamente a resposta da grande maioria seria "não". Por muitos anos, o mensageiro da Microsoft esteve entre os aplicativos mais populares no mundo e a dependência que tínhamos dele fazia com que o programa se tornasse essencial.
Porém, tudo no mundo da tecnologia é cíclico e o mensageiro da Microsoft será coisa do passado dentro de alguns dias. A Microsoft já confirmou que ele deixará de existir, sugerindo que os seus usuários migrem para o Skype. A data de óbito deveria ter sido o último dia 15 de março, mas ele ainda resiste, se mantendo em funcionamento por enquanto.
Assim como ele, na última semana foi a vez da Google anunciar o fim do Reader, um dos leitores de feeds mais populares do mundo. A gritaria por parte dos usuários foi grande e muitos chegaram a assinar manifestos, pedindo à gigante de Mountain View que mantenha o serviço no ar. Entretanto, a empresa até agora não se manifestou.

E se o Gmail acabasse?


E se o Gmail acabasse?

No caso do MSN Messenger o serviço já estava em declínio, mas o mesmo não pode se dizer do Reader. Enquanto há diversos outros mensageiros mais completos do que ele – inclusive o próprio Skype, que também é da Microsoft –, no caso do Reader o produto da Google é uma verdadeira referência no assunto.
Isso nos leva à seguinte questão: pense nos serviços gratuitos que você utiliza hoje em dia. De todos eles, talvez o que mais poderia fazer falta seria o Gmail. E entender o motivo é simples. No caso de uma rede social, basta usar outra – um processo demorado e uma nova adaptação às funções que ela oferece, mas ainda assim tranquilo.
Já mudar um endereço de email que você utiliza já há bastante tempo não é uma coisa das mais simples. Por mais que você possa importar contatos para outro serviço ou até mesmo avisar aquelas pessoas que você conhece que o seu email mudou, há outros problemas graves o suficiente para tornar a sua vida um verdadeiro martírio.
Pense nas mensagens que você tem guardadas, seu arquivo pessoal de documentos importantes ou qualquer outro conteúdo que tenha como referência principal uma de suas caixas de email. Seria preciso baixar cada uma das mensagens e armazenar em um novo local. Cadastros que você possui em sites importantes, da noite para o dia, deixariam de ser válidos, uma vez que o seu email não estaria mais disponível.

E se o Gmail acabasse? 


Em busca de um plano B

Não é apenas o Gmail, mas o conselho vale também para qualquer serviço gratuito que utilizamos. Pode não parecer, mas não pagamos nada para utilizar certos serviços considerados essenciais na internet. O “pagamento”, nesse caso, é a oportunidade de exibir anúncios diretamente para você.
Entretanto, isso não impede que, a qualquer momento, uma empresa deixe de fornecer um serviço. Não há nada que impeça, por exemplo, a Google de fechar as portas do Gmail quando bem entender, sem nem mesmo precisar dar algum tipo de satisfação para você. É óbvio que isso provavelmente jamais vai acontecer, mas considere essa hipótese como real: o que você faria?
A principal recomendação é a de não colocar todos os ovos em uma mesma cesta, ou seja, é importante ter uma cópia do que realmente é importante em mais de um lugar. Se você quer guardar alguma coisa que só está disponível no Gmail, que tal garantir que aquele arquivo possa ter também uma versão offline, gravada em um DVD?
Outra dica importante é também manter uma cópia do endereço dos seus principais contatos ou ao menos aqueles que você julga essenciais em algum outro serviço online.
E se o Gmail acabasse? 

Escravos do sistema?

O Gmail pode ser um dos principais, mas não é o único serviço considerado essencial e gratuito que faz muita diferença na sua vida. E também não estamos falando que você deve migrar os seus arquivos para serviços pagos para resolver o problema. Entretanto, é importante ter consciência que, se por um lado não é preciso pagar nada para utilizá-los, por outro você fica à mercê dos interesses da empresa responsável pelo serviço.
Por mais que sempre existam opções para substituir um serviço por outro, nos acostumamos a manter por perto apenas aquelas com as quais nos adaptamos melhor, o que nos torna mais produtivos. Porém, é importante estar sempre ligado e receptivo para conhecer outras opções, que podem servir bastante em um momento de emergência. E fique tranquilo: ao menos por enquanto, não há a menor possibilidade de o Gmail acabar.


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